O Papa Francisco realizou
neste domingo (12), na Praça de São Pedro, a primeira cerimônia de canonização
de seu pontificado para declarar religiosas duas santas do século XX na América
Latina. Foram canonizadas a freira colombiana Laura Montoya (1874-1949) e a
mexicana María Guadalupe García Zavala, conhecida como "mãe Lupita" (1878-1963)
- além de 800 mártires italianos assassinados em 1480 pelos otomanos por terem
se negado a se converterem ao Islã.
A cerimônia solene teve
presença de milhares de peregrinos da América Latina, incluindo uma grande
delegação da Colômbia, encabeçada pelo presidente Juan Manuel Santos, que honra
a primeira santa da história de seu país, uma freira que trabalhava como
professora e guia espiritual para os povos indígenas no século 20.
Já "mãe Lupita"
será a segunda santa do México. Ela se dedicou a cuidar dos doentes e ajudou os
católicos evitar perseguições durante a repressão do governo à fé em 1920.
Francisco orou para que a nova santa possa ajudar o país a "erradicar toda
a violência e insegurança", uma aparente referência aos anos de
derramamento de sangue e outros crimes em grande parte ligada a poderosos clãs
do tráfico de drogas.
"Os incluímos no livro
dos santos e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre
os santos", acrescentou o papa.
A aprovação para a
canonização dos 'Mártires de Otranto' foi dada pelo Papa Beno XVI, que
renunciou ao cargo em fevereiro deste ano, e interpretada pelo Vaticano como
válida por seu contexto histórico. Um dos mártires era um modesto sapateiro
italiano, Antonio Primado, decapitado em Otranto (sul da Itália).
Fonte do Blog: Geraldo Oliveira
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