Ornada
com a imagem de cada um deles, a Praça São Pedro, em Roma, esteve
repleta de peregrinos, membros das delegações oficiais das terras de
proveniência e de trabalho dos beatos canonizados.A festa foi realizada
neste domingo, 21 de outubro.
Da
América do Norte às Filipinas, passando por Espanha, França, Itália e
Alemanha até Madagascar, são três homens e quatro mulheres que, como
definiu o Papa Bento XVI, consumiram sua existência na consagração
total a Deus e no serviço generoso aos irmãos.
No
Dia Mundial das Missões, em meio ao Sínodo dos Bispos sobre a Nova
Evangelização e no início do Ano da Fé, em sua homilia Bento XVI
definiu “providenciais” essas canonizações. Elas nos reavivam a
consciência de viver totalmente em um perene estado de serviço ao homem
e ao Evangelho.
“O
Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para
muitos”. Para o Papa, essas palavras de Jesus (extraídas do Evangelho
do dia) constituíram o programa de vida dos sete novos santos. A
santidade na Igreja teve sempre a sua fonte no mistério da Redenção e a
celebração de hoje constitui uma confirmação eloquente dessa
misteriosa realidade salvífica.
Brevemente,
Bento XVI discorreu a biografia de cada um deles, começando por
Jacques Berthie. Este jesuíta francês nasceu em 1838, mas desempenhou
seu serviço em Madagascar, onde lutou contra a injustiça, levando
alívio para os pobres. “Que a sua intercessão, durante este ano da fé,
produza frutos em Madagascar e no Continente africano!”
Da
África às Filipinas, país natal de Pedro Calungsod. Evangelizou o povo
Chamorro nas Ilhas Marianas, onde em abril de 1672 conheceu o
martírio. “Que o exemplo e o testemunho corajoso de Pedro Calungsod
inspire o dileto povo das Filipinas a anunciar corajosamente o Reino e
ganhar almas para Deus!”
Já
do italiano João Batista Piamarta, o Papa destacou seu apostolado
junto aos jovens, aos quais se dedicou por seu progresso cristão, moral
e profissional.
A
juventude, principalmente a educação, também esteve no centro da vida
de Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em
Vic, Espanha, em 1848, fundadora da Congregação das Religiosas
Concepcionistas Missionárias do Ensino, presente também no Brasil. “A
sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar frutos
abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas
que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo.”
A
seguir, Bento XVI falou de Marianne Cope, nascida em 1838 na Alemanha,
e que com um ano de vida foi levada para os Estados Unidos. Madre
Marianne, da Ordem Terceira Regular de São Francisco, abraçou o chamado
para cuidar dos leprosos no Havaí. “Em uma época em que pouco se podia
fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope
demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo.”
Permanecemos
na América do Norte, para a primeira santa ameríndia: Kateri
Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova Iorque, em 1656. Para
escapar da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier,
perto de Montreal. Ali ela trabalhou até a sua morte com 24 anos.
“Kateri impressiona-nos pela firmeza na sua vocação tão particular na
sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu
exemplo nos ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar
àquilo que somos, amando a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e
primeira santa ameríndia, nós te confiamos a renovação da fé entre os
povos nativos e em toda a América do Norte! Que Deus abençoe os povos
nativos!”
Por
fim, a jovem alemã Anna Schäffer. Para acumular o dote necessário para
poder entrar no convento, trabalhou como doméstica e neste emprego
sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis nos seus pés, que a
prenderam em um leito pelo resto da vida. “Que a sua intercessão
fortaleça a atuação abençoada dos centros cristãos de curas paliativas
para doentes terminais.”
O
Papa concluiu sua homilia afirmando que estes novos Santos, diferentes
pela sua origem, língua, nação e condição social, estão unidos com
todo o Povo de Deus no mistério de Salvação de Cristo, o Redentor.
“Que
o testemunho dos novos Santos, a sua vida oferecida generosamente por
amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão
possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no
mundo inteiro.”
Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/images/stories/santos.jpg
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